sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Primeiro dia (tarde de 14/12/2009)





Estava eu no Aeroporto London City, toda feliz e orgulhosa de mim mesma por ter passado por toda aquela barreira de idioma diferente. Até que saí e já encontrei o meu pai esperando bem na frente da porta.

Por um momento, olhei para as coisas completamente diferentes e achei engraçado poder ver toda essa diferença novamente, só que bem mais velha e em outro país (talvez o melhor que eu vá conhecer, sem ser o Brasil).

Caminhamos para o carro, que estava no estacionamento. Pude então sentir na pele novamente o frio europeu, só que muito mais forte, por ser realmente inverno aqui. Devia estar uns três ou quatro graus, não sei exatamente. Mas até que estava quente pra quem vive aqui.

Entrei quase que do lado do motorista do carro verde da placa com muitas letras e números impossíveis de decorar e percebi que estava errada. O motorista é à direita, e isso leva tempo para nos acostumarmos. É estranha a sensação que dá de você estar sentado do lado esquerdo e não ter um volante... Chega a ser engraçado.

Andamos um pouco e já achei bastante complicado como os carros andam na rua. No Brasil e na maioria dos outros países, o carro costuma ir do lado direito e voltar do esquerdo. Aqui, isso também é ao contrário.

Depois de muitas curvas e de entrarmos em diversas ruazinhas bem estreitas de duas mãos, pude avistar um edifício enorme e com um triângulo em cima. É o Canary Wharf, um dos prédios que fazem parte do conjunto dos maiores do Reino Unido. Mais pra frente, uma das primeiras coisas que vi foi uma praga do McDonald's, só que com o símbolo beeem menor.

Andamos mais um pouco e já chegamos no flat 12 da Godley Street, com a porta vermelha e no terceiro andar. O elevador que peguei para subir esses andares falava um bocado: "Mind the doors. Doors closing. Going Down. Please mind the doors. Doors opening" Coloquei a mão dentro do elevador e parecia que estava molhado, de tão gelado.

A Kris logo abriu a porta e me mostrou o flat. Comecei a abrir as minhas coisas, dar chocolates, Havainas e alguns miojos pra eles e guardei a minha muda de roupas dentro do guarda-roupas que seria meu por esse tempo que estiver aqui.

Empilhei as minhas coisas e percebi que estavam bem bagunçadas, então tentei arrumar do meu jeito, o que não melhorou muito. Conversei um pouco com a Kris e com o meu pai, então perguntaram o que eu gostaria de jantar, o que eu respondi sem pensar muito - pois estava com muita vontade - que gostaria de yakisoba.

Quando o relógio marcou 14:30h, saímos para buscar a Christelle na escola, a pé. É bem perto, então chegamos lá cerca de 14:55h. Ela demorou uns 5 ou talvez 10 minutos para sair, então já me viu e correu para me dar um abraço.

Quando estávamos voltando, paramos numa padaria e compramos alguns pães que nunca tinha visto em toda a minha vida. Fizemos o mesmo caminho para ir e voltar, mas, mesmo assim, não encontrei diferença em nenhum dos prédios que passei: são todos de tijolinhos e parecem terem sido feitos pela mesma pessoa, de uma só vez.

Fizemos um lanchinho com os pães e achei-os muito gostosos, principalmente com a manteiga daqui, que é muito boa. Ao terminar, comi alguns chocolates belgas, enquanto os três se deliciavam com caixas da Lacta e Nestlé que eu trouxe.

Passei um tempo com a Christelle e então resolvi ir fumar um cigarro. Toda vez que eu vou fumar, tenho que me encher de blusas e tenho uma vista incrivelmente linda dos ônibus e prédios.

Às 19:30h, o jantar ficou pronto. Pude sentir, depois de alguns anos, o gosto da comida do meu pai novamente... E dificilmente vou enjoar rapidamente.

Um comentário:

  1. Olha só que beleza: aí tem janta!!! Aproveite e coma todos os dias, pois aqui continuará sendo café. Pode até ser que no dia de sua volta faça uma janta especial, mas vc sabe como é, né? Curta muuuuiiiito todos os momentos junto com sua família daí, conte bastante sobre vc e se diverta o máximo que puder. bjs, la erca

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